sábado, 8 de outubro de 2011

Como comunidades digitais auxiliam no posicionamento de marcas e produtos

As comunidades desde sempre existiram, grupos de pessoas se reuniam em determinado local para discutir ideias sobre determinado assunto/objetivo. Com a evolução da internet e a possibilidade de criar redes sociais no ambiente online, ficou muito mais fácil realizar esses encontros.
Fóruns, blogs, comunidades no Orkut e as atuais Fã Pages, no Facebook, abriram canais para as marcas exporem seus produtos e para os consumidores compartilharem seus pensamentos em relação a eles, tanto positivos como negativos.
Essas comunidades auxiliam o posicionamento da marca fazendo o gerenciamento do relacionamento entre ela e seus clientes. É um local onde podem dialogar diretamente com as pessoas e, o mais importante, ouvir o que o mercado demanda. Além disso, quem é esperto faz de sua comunidade fonte de informação e cultura, através de interação e aproximação. Mas, para isso é preciso tomar cuidado, nas comunidades digitais um comentário ou ação pode tomar grandes proporções e levar uma marca ao seu ápice ou a sua derrocada.
Podemos exemplificar como algumas marcas têm mantido seus posicionamentos através dessas comunidades. A Penalty, marca de artigos esportivos, não publica mensagens apenas sobre seus produtos, mas utiliza o espaço para se relacionar com seu público de maneira descontraída e que os convide a interagir na Fã page. Para isso cria campanhas, onde a participação do público é essencial, por exemplo, a ação “Eu abro mão”, em parceria com o Vasco. A marca mistura a história do clube com causas sociais: combate ao racismo e preconceito no futebol, dentro e fora dos campos. Através de um aplicativo no Facebook, a Penalty convida 1.923 pessoas a fotografarem suas mãos pela webcam. Depois, as imagens captadas serão utilizadas para estampar os muros do Estádio de São Januário, do Vasco da Gama, ao lado de grandes nomes do clube[i]. Aliada as campanhas institucionais, eles também publicam resultados de jogos, notícias do mundo futebolístico e enquetes sobre as partidas. A comunidade vai além de propagar seu nome, mas também se caracteriza como um feed de notícias para os amantes do futebol.
Estas ações contribuem para que os consumidores se sintam parte integrante da marca e, consequentemente, passem a citá-la em outras comunidades. Cada um que falar aos seus amigos o quanto ela é importante ou o que faz de bacana, é um propagador que pode render lucros a empresa, ajudando-a a manter seu posicionamento.
Acredito que com as comunidades, as marcas precisam investir no relacionamento, pois se ele for positivo as vendas subirão. É como continuar a dizer o que ela vende, mas agora sem mostrar os produtos, mas sim o que importa e faz parte do seu universo, como apoio a causas sociais, notícias do ramo e, principalmente, deixar quem participa dessa comunidade (consumidor) mostrar e compartilhar o que também é importante para ele.


Um comentário:

  1. Ei Ellen,
    Bacana sua reflexão sobre o uso das mídias sociais (não confundir com as redes)pelo mundo corporativo.
    Mas fica a pergunta: trata-se apenas de uso estratégico para alcançar objetivos ou da incorporação do conceito de compartilhamento de informação?

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