segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dicas, Dicas, Dicas (3)

A Juliana Pascoal que sugeriu. Boa leitura. Acho (palavras dela aqui) que dá uma discussão legal  sobre realidade.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,concurso-do-exercito-britanico-premia-melhores-fotos-tiradas-por-soldados,791674,0.htm

China promete controle mais rígido sobre mídias sociais

Do Terra

A China vai intensificar o controle de mídias sociais e de ferramentas de mensagens instantâneas na Internet, afirmou o Partido Comunista num documento de definição de agenda que marca a maior reação do governo até agora ao crescimento explosivo dos microblogs.
O voto de Pequim para fortalecer a administração da internet e a promoção de conteúdo aceitável para o partido apareceu em um comunicado publicado no jornal oficial do governo chinês, o Diário do Povo, nesta quarta-feira.
Comunicados do Comitê Central do Partido Comunista, que realizou uma reunião anual cujo encerramento ocorreu na semana passada, definem a orientação geral da política do país. O comunicado deixou claro que os líderes estão procurando maneiras para controlar melhor, mas não extinguir, serviços de microblogs que se tornaram canais populares para divulgar notícias e opiniões que podem desestabilizar o governo.
"(O objetivo é) fortalecer as diretrizes e a administração dos serviços de mídias sociais e ferramentas de comunicação instantânea na internet e regular a divulgação ordenada de informação", disse o comunicado. "Aplicar a lei para punir severamente a divulgação de informações prejudiciais", acrescentou o documento. Ele não deu detalhes sobre de que forma a regulamentação mais firme pode ocorrer.
O anúncio da reunião do partido baseia-se em um fluxo de alertas na mídia estatal que mostrou que Pequim está irritada com os microblogs e seu potencial para escapar da censura e de controles.
"Colocar palavras como essas em um documento como esse mostra que eles estão levando este assunto muito a sério", disse Li Yonggang, especialista em política da Internet na Universidade de Nanjing, no leste da China. "Este é um sinal político, mas provavelmente passará algum tempo antes que resulte no surgimento de quaisquer novas medidas ou regulamentações."

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pensar colaborativo

Mais do que uma reflexão sobre a morte ou sobre o que vem depois, gosto de pensar como pessoas podem estar tão próximas quando dispostas a um evento coletivo. Ou como um ato isolado pode desencadear sentimentos e pensamentos naqueles envolvidos no momento, quando vão para casa ou para aqueles que, como nós, assistimos de casa.

domingo, 23 de outubro de 2011

Dicas... dicas... dicas... (1)

Blogs/Midias sociais:

Comunisfera

Dossiê Alex Primo

Howard Rheingold

Social Media (Raquel Recuero)

Social Media.blz

Bibliografia para os seminários

Ai está a bibliografia (indicativa) para os seminários temáticos.
Conforme os procedimentos propostos e discutidos na primeira aula, serão realizados cinco seminários, em grupos formados por seis alunos. Lembrem-se de trazer para a atualidade e nossa realidade os conceitos apreendidos nas leituras, e apresentem sua pesquisa de forma criativa, utilizando (no todo ou em parte) pelo menos uma linguagem e/ou recurso multimídia, que permitam o debate posterior e a sistematização dos conceitos trabalhados.

Captação da informação e novas mídias digitais

LEÃO, Lúcia (Org.). O chip e o caleidoscópio: reflexões sobre as novas mídias. São Paulo: Senac, 2005.

DELABRE, Raúl Trejo. “Internet como expressão e extensão do espaço público”. In. Matrizes. Disponível em <http://www.usp.br/matrizes/MATRIZes_02_02_por.php>


Processamento da informação no universo 3.0  
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1994

Conferir o conceito de Web Semântica em: www.ieml.org




Produção de informação e concentração midiática

KLEIN, Naomi. " Marcas globais e poder corporativo". In: MORAES, Dênis de. Por uma outra comunicação. Mídia, mundialização cultural e poder. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, pp. 183-186.

MORAES, Dênis de. Planeta Mídia. Campo Grande: Letra Livre, 1998, pp. 155-176/ 213-245.

Confira o blog Trezentos: http://www.trezentos.blog.br/


Partilha e linguagem na sociedade global 

JENKINS, Henry. A cultura da convergência. Editora Aleph, 2009 (Introdução)

AQUINO, Maria Clara. “Um resgate histórico do hipertexto:. O desvio da escrita hipertextual provocado pelo advento da Web e o retorno aos preceitos iniciais através de novos suportes”. UNIrevista, Vol. 1, n° 3. 2006. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Aquino.PDF

RIBAS, Beatriz. “Infografia Multimídia: um modelo narrativo para o webjornalismo”. V Congreso Iberoamericano de Periodismo en Internet, Salvador, Bahia, 2004. Disponível em:http://www.periodistaseninternet.org/docto_congresos-anteriores/VcongresoBrasil/AIAPI%202004%20Beatriz%20Ribas.pdf



Acúmulo/memória e classes subalternas

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1994

LEVY, Pierre. "Pela ciberdemocracia". In: MORAES, Dênis de. Por uma outra comunicação. Mídia, mundialização cultural e poder. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, pp. 237-284.

PALACIOS, Marcos. Jornalismo online, informação e memória: apontamentos para debate. Universidade Federal da Bahia, 2002. Disponível em: <http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2002_palacios_informacaomemoria.pdf>.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Combate a Fome nas redes sociais

Ai está mais uma campanha que se inicia nas redes sociais.
O Instagram - rede social de compartilhamento de fotos - agora está sendo bem aproveitado pela agência Mullen, que iniciou uma campanha batizada de Good Belly Project.
Lançada em 16 de outubro, o World Food Day (dia mundial da comida), na cidade de Boston, a campanha tem o objetivo de arrecadar fundos para combater a fome na África Oriental e está sendo realizada de forma interativa, pois o intuito da Mullen, além do combate a fome, é tornar a campanha divertida para os apreciadores de comida.
Para participar basta enviar uma foto de seu prato em qualquer restaurante participante do projeto e divulgar no Instagram com a tag #goodbellyproject e colocar o nome do estabelecimento. Para cada foto enviada até 6 de novembro o restaurante doará um dólar para o projeto.
A campanha é realizada em parceria com a Unicef e as pessoas também podem efetuar doações pelo site do projeto.
Espero que essa seja mais uma de muitas outras iniciativas ou ações que aproveitam bem as redes sociais.

Conheça a voz do Google

Engraçado como as coisas são.
O google tradutor iniciou o serviço de voz no Brasil em maio de 2010 e a brasileira Regina Bittar é a responsável por auxiliar os internautas com a pronúncia, que segundo ela é bem pausada e sem emoção.
Contudo, o que trouxe a curiosidade dos internautas em conhecer a dona da voz do google foram as piadas e sátiras que viraram febre na internet.
Confira a o link Conheça a brasileira que dá voz ao Google e virou 'estrela' de trotes

Privacidade na rede

Pessoal,

O Facebook está sendo acusado e poderá pagar uma multa por arquivar informações já deletadas por usuário na rede social. Esta matéria saiu hoje na Folha de São Paulo e fala sobre a privacidade das informações que postamos na internet. Até onde ela vai, de fato?

Acho que com essa matéria fica um pouco mais fácil entender sobre o acúmulo das informações na web -- especialmente nas redes sociais. O texto completo pode ser lido aqui.

Pelo jeito, o que deletamos passou a ser o novo arquivo da internet. Vale a pena pensar sobre isso.

Morte Gaddafi

Apanhado interessante feito pela UOL com as manchetes sobre a morte de Gaddafi em jornais pelo mundo.

http://noticias.uol.com.br/album/111021_gaddafi_news_album.jhtm#fotoNav=1




Atentem para a repetição das fotos, o que nos remete às redes de notícias, detentoras da "informação".
Vocês encontraram mais capas pela internet?

Olá, gente!
Para quem está querendo ir para os congressos da área de comunicação, deixo pra vocês um link da ALAIC - Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación - que acontecerá em maio de 2012 na cidade de Montevidéu - Uruguai.
Os resumos podem ser enviados até dia 15de novembro de 2011.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Viral da SUPER (Abril)

Info:
Esqueça o filtro solar e acredite no conhecimento é o primeiro curta-metragem da SUPER e traz 12 conselhos científicos para uma vida mais interessante.
Acredite no conhecimento. Enxergue SUPER





Jogos violentos fazem mal?

O que você acha? Deixe seu comentário.


Sábado é dia de Museu do Futebol


É neste sábado nossa "viagem" ao Museu do Futebol. Vamos entrar no mundo de alta tecnologia e interação, em que passado, presente e futuro se mesclam em sistemas inteligentes de comunicação. E a realidade nessa história? Simulação ou simulacro dos fatos? É isso o que conversaremos.
O site é: www.museudofutebol.org.br/
Local: Estádio do Pacaembu, Zona Oeste de SP
Horário: 13h. A entrada é permitida até as 15h, por ser dia de jogo, e a permanência até as 16h.
Nosso encontro está marcado para as 12h30, na frente do prédio principal da ECA. Não se esqueçam do transporte solidário.
Preço: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (para estudante).

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Guerrilha Virtual

São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2011

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PT treina 'patrulha virtual' para atuar em redes sociais

Militantes usarão rede para rebater reportagens 'negativas' contra o partido

Sigla vai editar 'manual do tuiteiro petista' para ensinar filiados a fazer propaganda e espalhar mensagens na internet

DE SÃO PAULO

O PT vai montar uma "patrulha virtual" e treinar militantes para fazer propaganda e criticar a mídia em sites de notícias e redes sociais como Twitter e Facebook.
O partido quer promover cursos e editar um "manual do tuiteiro petista", com táticas para a guerrilha na internet. A ideia é recrutar a tropa a tempo de atuar nas eleições municipais de 2012.
"Vamos espalhar núcleos de militantes virtuais por todo o país", promete o petista Adolfo Pinheiro, 36, encarregado de apresentar um plano de ação amanhã ao presidente da legenda, Rui Falcão.
Os filiados serão treinados para repetir palavras de ordem e usar janelas de comentários de blogs e portais noticiosos para contestar notícias "negativas" contra o PT.
"Quando sai algo contra um governo petista, a mídia faz escândalo, dá página inteira no jornal. Temos que ir para cima", diz Pinheiro.
"Nossa única recomendação é não partir para a baixaria e manter o nível do debate político", afirma ele.
A criação dos chamados MAVs (núcleos de Militância em Ambientes Virtuais) foi decidida no 4º congresso do partido, em setembro.
O encontro foi marcado por ataques à imprensa e pela defesa da "regulamentação dos meios de comunicação".
O militante à frente do projeto atuou na campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista em 2010.
No mês passado, tentou articular um ato contra a revista "Veja" após a publicação de reportagem sobre o ex-ministro José Dirceu.
Petistas dizem que a nova ferramenta também poderá ajudar candidatos a enfrentar boatos com mais rapidez.
"No ano passado, demoramos demais a rebater calúnias contra Dilma [Rousseff] sobre aborto e luta armada", afirma Pinheiro.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Irmã encontra pelo Facebook irmão sequestrado

Do site da Band

O metalúrgico Renan Fogaça, que foi sequestrado na noite desse sábado em frente da sua casa no bairro da Pedreira, zona sul de São Paulo, foi encontrado após a sua irmã Karina Fogaça postar uma foto da vítima na rede social Facebook.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Brasil conseguiria reescrever sua Constituição com a ajuda das redes sociais?



Pesquisador do futuro da democracia na cibercultura acredita que o país é capaz de realizar grandes ações políticas através da internet
15 de Julho de 2011 | 12:50h


Reprodução
Islândia Constituição Facebook
Stephanie Kohn

Recentemente, um caso de sucesso de democracia na era digital chamou atenção do mundo inteiro. A Islândia, um pequeno país nórdico com 320 mil habitantes, resolveu reescrever sua Constituição colaborativamente, e com a ajuda do Facebook. Por meio da rede social, a população pôde sugerir cláusulas para o documento e acompanhar de perto o andamento da Carta. Além disso, o governo usou outras redes para ajudar na comunicação e transparência como o Twitter e YouTube, que abrigava entrevistas com autoridades e transmitia ao vivo as reuniões do Conselho Constitucional.

Segundo Henrique Antoun, pesquisador do futuro da democracia na cibercultura e professor de transformação política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o fato da Islândia ser um país pequeno e ter um alto índice de riqueza e integração em redes sociais é um facilitador. Mas, mesmo países grandes e menos desenvolvidos, como o Brasil, também conseguiriam realizar grandes ações políticas através da internet. "Já conseguimos boas coisas como uma petição online de 163 mil assinaturas contra o Projeto de Lei sobre controle da internet no Brasil [do deputado federal Eduardo Azeredo]", lembra.

De acordo com o pesquisador, o Rio Grande do Sul, por exemplo, já usa a rede há anos com um mecanismo de democracia participativa. O chamado Orçamento Participativo permite que os cidadãos dêem opiniões e obtenham informações sobre os orçamentos públicos pela web. "A internet substitui a necessidade da representação. Com ela, cada um pode opinar diretamente sem depender de um representante político", diz.

Antoun acredita que, se a Constituição do Brasil fosse reescrita com a ajuda das redes sociais, sairiam coisas bastante positivas das sugestões do povo. E, com isso, cada vez mais a representação política seria colocada em cheque. "Isso não significa que os mediadores vão desaparecer. O papel deles deverá mudar, pois eles não poderão mais falar por todo mundo", conclui. O uso da internet a favor de movimentos políticos, como este proposto pela Islândia, segundo o professor, pode ser o possível remédio contra a corrupção do país.

Na Islândia, a criação da nova Constituição, que vai substituir a atual de 1944, teve os seus trabalhos iniciados a partir de um Fórum Nacional em que 950 islandeses discutiram as leis básicas. Então, gerou-se um relatório que foi analisado pelo Conselho Constitucional Islandês que, por sua vez, usou as redes sociais para divulgar o projeto e receber sugestões do povo. O resultado dessa colaboração civil foi entregue em 29 de julho para votação no Parlamento.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a primeira-ministra islandesa, Jóhanna Sigudrardóttir, afirmou que a experiência trouxe aumento da "consciência a respeito dos assuntos constitucionais" e que "o debate sobre essas temas fundamentais nunca esteve tão vivo". De acordo com o jornal, a troca do sistema semipresidencial (em que presidente e primeiro-ministro dividem o poder) por um modelo parlamentar foi um dos assuntos discutidos na rede.

Para conhecer mais a respeito da Constituição da Islândia:
https://www.facebook.com/Stjornlagarad
http://www.youtube.com/user/Stjornlagarad
http://twitter.com/#!/stjornlagarad
http://www.stjornlagarad.is/
http://www.flickr.com/photos/61516283@N05

sábado, 15 de outubro de 2011

Um momento Tahrir em Wall Street


Por Micah White e Kalle Lasn, na Adbusters

No sábado, 17 de setembro, muitos de nós assistimos com admiração 5 mil americanos se deslocarem para o distrito financeiro de Manhattan, balançando cartazes, pregando faixas e começando a andar até a “Gomorra financeira” da nação. Eles prometeram “ocupar Wall Street” e “julgar os banqueiros”, mas a polícia de Nova York frustrou os seus esforços temporariamente, bloqueando a simbólica avenida com barricadas e postos de controle. Impassíveis, os protestantes deram voltas pela área antes de realizar uma assembleia popular e estabelecer um acampamento semipermanente de protesto num parque na Liberty Street, a um pulo de Wall Street.
Trezentos passaram a noite, algumas centenas de novos manifestantes chegaram no dia seguinte. Quando eles tuitaram para o mundo que estavam com fome, uma pizzaria próxima recebeu US$ 2.800 em pedidos para entrega em apenas uma hora. Parece que, a partir de agora, a polícia não acha que pode pará-los. A ABC News informa que “apesar de os manifestantes não terem uma permissão para protestar, o Departamento de Polícia de Nova York diz que não tem planos para remover esses manifestantes que parecem determinados a ficar nas ruas”. Os organizadores na área dizem: “Estamos nos entrincheirando para uma ocupação a longo prazo”. Agora o mundo está assistindo e imaginando: poderia ser essa a faísca de um momento Tahrir nos Estados Unidos?

#OCCUPYWALLSTREET (Ocupar Wall Street) foi inspirado pelas assembleias populares da Espanha e surgiu como um conceito a partir de um poster de página dupla na 97ª edição da revista Adbusters, mas foi encabeçado, orquestrado e completado por ativistas independentes. Tudo começou quando a Adbusters pediu a sua rede de agitadores culturais para inundar o sul de Manhattan, armar tendas, cozinhas e barricadas de paz, e ocupar Wall Street por uns poucos meses. A ideia pegou imediatamente em todas as redes sociais e ativistas não-filiados aproveitaram a proposta e construíram um site organizador de código aberto. Poucos dias depois, uma assembleia geral foi realizada na cidade de Nova York e 150 pessoas compareceram. Esses ativistas se tornaram o núcleo organizador da ocupação. 
A aura mística do Anonymous impulsionou a ação aos meios de comunicação dominantes. Seu videocomunicado apoiando a ação conseguiu 100 mil visitas e uma advertência do Departamento de Segurança Nacional aos banqueiros da nação. Quando, em agosto, os indignados da Espanha espalharam a notícia de que realizariam um evento solidário no distrito financeiro de Madri, ativistas em Milão, Valência, Londres, Lisboa, Atenas, São Francisco, Madison, Amsterdã, Los Angeles, Israel e outros se comprometeram a fazer o mesmo.
Nas ruas de todo o mundo existe um sentimento comum de que a economia global é uma farsa digirida por e para o Grande Capital. Pessoas de todos os lugares estão se dando conta de que existe algo fundamentalmente errado com um sistema em que as transações financeiras especulativas ultrapassam, diariamente, 1,3 bilhões de dólares (50 vezes mais do que a soma de todas as transações comerciais). Enquanto isso, de acordo com um boletim das Nações Unidas, “nos 35 países nos quais existem dados, aproximadamente 40% dos que procuram por emprego estão sem trabalho há mais de um ano.”
“Diretores executivos, as grandes corporações e os ricos estão tomando muito de nosso país e acho que é a nossa hora de tomar de volta”, diz um ativista que se uniu aos protestos sábado passado. Jason Admadi, que viajou de Oakland, Califórnia, explicou que “muitos de nós sentimos que existe uma grande crise na nossa economia e grande parte dela é causada pelas pessoas que fazem negócios aqui”. Bill Steyerd, um veterano do Vietnã do bairro do Queens, disse: “é uma causa que vale a pena porque as pessoas em Wall Street são sanguessugas fomentadoras da guerra”.
Não há apenas raiva. Há também um sentimento de que as soluções padrões para a crise econômica proposta pelos nossos políticos e economistas renomados – estímulo, cortes, dívida, baixas taxas de juros, encorajamento do consumo – são opções falsas que não vão funcionar. Mudanças mais profundas são necessárias, como uma taxa “Robin Hood” sobre as transações financeiras, reinstaurar a Lei Glass-Steagall nos Estados Unidos, implementar uma proibição para as operações flash de maior frequência. Os bancos “muito grandes para quebrar” devem ser fragmentados, reduzir seus tamanhos e feitos para servirem às pessoas, à economia e à sociedade novamente. Os fraudadores financeiros responsáveis pela crise de 2008 devem ser julgados e receber longas penas penitenciárias. Depois, existe a solução mãe de todas as outras: repensar totalmente o consumismo ocidental que questiona como medimos o progresso.
Se os atuais males econômicos na Europa e nos Estados Unidos entram em uma espiral de prolongada recessão global, os acampamentos populares se converterão então em mobiliário fixo dos distritos financeiros e dos mercados de ações mundo afora. Até que não se escutem nossas demandas e não se reformem de forma essencial o regime econômico mundial, nossos acampamentos urbanos seguirão surgindo por todos os lados.
Bravo àquelas almas corajosas no acampamento de Liberty Street em Nova Iorque. Cada noite em que o #OCCUPYWALLSTREET continuar vai aumentar a possibilidade de uma revolta global de plenos direitos contra os negócios convencionais.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Atenção ao calendário


Car@s,

Conforme os procedimentos propostos e discutidos na primeira aula, serão realizados cinco seminários temáticos na disciplina Linguagens e Informação em Novas Mídias. 
Os grupos, formados por seis alunos, deverão apresentar sua pesquisa de forma criativa, utilizando (no todo ou em parte) pelo menos uma linguagem e/ou recurso multimídia, que permitam o debate posterior e a sistematização dos conceitos trabalhados.

Fiquem atentos ao calendário dos seminários:

19 de novembro - Captação da informação e novas mídias digitais;
26 de novembro - Processamento da informação no universo 3.0;  
3 de dezembro -  Produção de informação e concentração midiática; 
10 de dezembroPartilha e linguagem na sociedade global; 
17 de dezembro - Acúmulo/memória e classes subalternas.

A bibliografia básica e complementar os auxiliarão na pesquisa, assim como uma bibliografia especifica que será entregue a cada grupo.

Bom trabalho e boa viagem pelo espaço do conhecimento!

MidCult - IV - Linguagens e Informação em Novas Mídias

Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) / Centro de Estudos Latino-americano sobre Cultura e Comunicação (Celacc) / Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Mídia, Informação e Cultura (MidCult)
Disciplina -  Linguagens e Informação em Novas Mídias
Professor - Profa. Ms. Maria Bernardete Toneto

EMENTA:
A disciplina enfoca o desenvolvimento e a importância das novas mídias comunicacionais  na sociedade contemporânea e, a partir de uma visão crítico-dialética, enfoca seu impacto na captação, processamento, produção, partilha e memória da informação, por meio de pesquisa, partilha de conhecimento e produção de reflexão teórica-conceitual veiculada em linguagens transmidiáticas.


CONTEÚDO
1. Introdução; 2. A sociedade em rede - conceitos; 3. Informação no cenário da cibercultura e virtualidade; 4. Simulacro e simulações da realidade; 5. Lógica discursiva midiática na sociedade contemporânea; 6. Linguagem, interação e interatividade; 7. Linguagem, hegemonia e resistência; 8. Captação da informação e novas mídias digitais; 9. Processamento da informação no universo 3.0; 10. Produção de informação e concentração midiática; 11. Partilha e linguagem na sociedade global; 12. Acúmulo/memória e classes subalternas; 13. As narrativas transmidiáticas e as mídias emergentes; 14. Interfaces da informação, arte e tecnologias. 15. O papel do produtor e disseminador de informação em cultura;.

AVALIAÇÃO
Participação na disciplina
Geração de conteúdo veiculado em rede (midcult4@blogspot.com)
Seminários temáticos, em grupo
Monografia individual final em nova mídia

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BAUDRILLARD, J. Simulacros e Simulações. Lisboa: Relogio D'Agua, 1991.
BAUMAN, Zigmunt. Globalização: consequencias humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1999.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. Vol.I. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. Disponível em: http://www.4shared.com/document/0jn_fuk7/CASTELLS_Manuel_A_sociedade_em.html
_________.  A Galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2003. Disponível em: http://books.google.com/books?id=nCKFFmWOnNYC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false
DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. Disponível em: http://www.arq.ufsc.br/esteticadaarquitetura/debord_sociedade_do_espetaculo.pdf
IANNI, Octavio. O Príncipe eletrônico. Campinas: IFCH/Unicamp, 1998.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2 ed. São Paulo: Aleph, 2009.
LÉVY, Pierre. Tecnologia da inteligência – O futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34, 1994.
__________.O que é virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
MANOVICH, Lev. Novas mídias como tecnologia e idéia: dez definições. In: Lúcia Leão (org.). O chip e o caleidoscópio: reflexões sobre as novas mídias. São Paulo: Editora SENAC, 2005.


BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
COSTA, Mário. O sublime tecnológico. São Paulo: Experimento, 1995.
CHOMSKY, Noam. Linguagem e mente: pensamentos atuais sobre antigos problemas. Brasília: Editora UnB, 1998.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
MCLUHAN, Marshall. Meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo:Cultrix. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=wFvBeU1jVwIC&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false
ROMANÍ, Cristobal cobo; KUKLINSK, Hugo Pardo. Planeta 2.0. Inteligencia colectiva o medios fast food. 2007. Disponível em: http://www.planetaweb2.net/

sábado, 8 de outubro de 2011

Como comunidades digitais auxiliam no posicionamento de marcas e produtos

As comunidades desde sempre existiram, grupos de pessoas se reuniam em determinado local para discutir ideias sobre determinado assunto/objetivo. Com a evolução da internet e a possibilidade de criar redes sociais no ambiente online, ficou muito mais fácil realizar esses encontros.
Fóruns, blogs, comunidades no Orkut e as atuais Fã Pages, no Facebook, abriram canais para as marcas exporem seus produtos e para os consumidores compartilharem seus pensamentos em relação a eles, tanto positivos como negativos.
Essas comunidades auxiliam o posicionamento da marca fazendo o gerenciamento do relacionamento entre ela e seus clientes. É um local onde podem dialogar diretamente com as pessoas e, o mais importante, ouvir o que o mercado demanda. Além disso, quem é esperto faz de sua comunidade fonte de informação e cultura, através de interação e aproximação. Mas, para isso é preciso tomar cuidado, nas comunidades digitais um comentário ou ação pode tomar grandes proporções e levar uma marca ao seu ápice ou a sua derrocada.
Podemos exemplificar como algumas marcas têm mantido seus posicionamentos através dessas comunidades. A Penalty, marca de artigos esportivos, não publica mensagens apenas sobre seus produtos, mas utiliza o espaço para se relacionar com seu público de maneira descontraída e que os convide a interagir na Fã page. Para isso cria campanhas, onde a participação do público é essencial, por exemplo, a ação “Eu abro mão”, em parceria com o Vasco. A marca mistura a história do clube com causas sociais: combate ao racismo e preconceito no futebol, dentro e fora dos campos. Através de um aplicativo no Facebook, a Penalty convida 1.923 pessoas a fotografarem suas mãos pela webcam. Depois, as imagens captadas serão utilizadas para estampar os muros do Estádio de São Januário, do Vasco da Gama, ao lado de grandes nomes do clube[i]. Aliada as campanhas institucionais, eles também publicam resultados de jogos, notícias do mundo futebolístico e enquetes sobre as partidas. A comunidade vai além de propagar seu nome, mas também se caracteriza como um feed de notícias para os amantes do futebol.
Estas ações contribuem para que os consumidores se sintam parte integrante da marca e, consequentemente, passem a citá-la em outras comunidades. Cada um que falar aos seus amigos o quanto ela é importante ou o que faz de bacana, é um propagador que pode render lucros a empresa, ajudando-a a manter seu posicionamento.
Acredito que com as comunidades, as marcas precisam investir no relacionamento, pois se ele for positivo as vendas subirão. É como continuar a dizer o que ela vende, mas agora sem mostrar os produtos, mas sim o que importa e faz parte do seu universo, como apoio a causas sociais, notícias do ramo e, principalmente, deixar quem participa dessa comunidade (consumidor) mostrar e compartilhar o que também é importante para ele.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Para entender as redes sociais

Construído colaborativamente, sob licença Creative Commons, o e-book "Para entender as redes sociais" tem organização de Ana Brambilla. Reúne artigos escritos por profissionais de várias áreas que abordam vários aspectos das redes digitais e sociais. Há textos sobre Jornalismo Cidadão e Colaborativo, Marketing Digital, Social Media Day, métricas novas mídia.


A capa é do designer Rogério Fratin, inspirado na ideia das mídias sociais relacionadas com o antropocentrismo. Há um detalhe na arte: no lado esquerdo, aparece um "pedaço" de etiqueta, como se fosse o escaneamento de uma obra surripiada de uma biblioteca. Ou seja, nada mais que uma alusão divertida à propriedade intectual dos conteúdos que circulam pelo ciberespaço.

Para ter acesso e fazer o dowload do e-book clique aqui

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mas afinal, o que é o virtual?

Jornalistas, publicitários, literatos, agitadores culturais, companheiros nesta viagem pelo e para o conhecimento! Foi muito bom encontra-los e saber mais de seus interesses em geral, e de cada um em particular.
No nosso próximo encontro, neste sábado dia 8 de outubro, vamos conversar mais sobre esse "enigma" da virtualidade e do papel da informação neste contexto em transmutação. Para auxiliar o olhar dessa paisagem desconhecida, recomendo a leitura do primeiro capítulo de "O que é o virtual?", do filósofo francês Pierre Levy. O link para baixar o livro é:
 http://books.google.com.br/books?id=IeNw_sOADVEC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false

Aproveite para ouvir o Gil cantando o mesmo tema.

sábado, 1 de outubro de 2011

O Príncipe Eletrônico

Em Enigmas da Modernidade Mundo, o professor Octávio Ianni dedica um capítulo ao que ele chamou de "O Princípe Eletrônico", metáfora sobre o papel da mídia em tempos de globalização e tecnologia. Abaixo, o link de uma exposição de Ianni no XXI Encontro Anual da Anpocs, em outubro de 1998.


Professor Octavio Ianni, em palestra na Unicamp (Foto: Nelson Cantali)